terça-feira, 27 de julho de 2010

SALMO 77


As grandes obras e a misericódia de Deus.

1 Levanto a Deus a minha voz; a Deus levanto a minha voz, para que ele me ouça.

2 No dia da minha angústia busco ao Senhor; de noite a minha mão fica estendida e não se cansa; a minha alma recusa ser consolada.

3 Lembro-me de Deus, e me lamento; queixo-me, e o meu espírito desfalece.

4 Conservas vigilantes os meus olhos; estou tão perturbado que não posso falar.

5 Considero os dias da antigüidade, os anos dos tempos passados.

6 De noite lembro-me do meu cântico; consulto com o meu coração, e examino o meu espírito.

7 Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?

8 Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se a sua promessa para todas as gerações

9 Esqueceu-se Deus de ser compassivo? Ou na sua ira encerrou ele as suas ternas misericórdias?

10 E eu digo: Isto é minha enfermidade; acaso se mudou a destra do Altíssimo?

11 Recordarei os feitos do Senhor; sim, me lembrarei das tuas maravilhas da antigüidade.

12 Meditarei também em todas as tuas obras, e ponderarei os teus feitos poderosos

13 O teu caminho, ó Deus, é em santidade; que deus é grande como o nosso Deus?

14 Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu tens feito notória a tua força entre os povos.

15 Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José.

16 As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram.

17 As nuvens desfizeram-se em água; os céus retumbaram; as tuas flechas também correram de uma para outra parte.

18 A voz do teu trovão estava no redemoinho; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.

19 Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não foram conhecidas.

20 Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão.

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