domingo, 4 de setembro de 2011

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE JUDAS ISCARIOTES

No inicio de Seu ministério, o Senhor Jesus chamou doze homens para que estivessem com Ele, e os mandasse a pregar e que tivessem autoridade de expulsar demônios (Marcos 3:14-15). O nome de Judas Iscariotes aparece sempre no final da relação dos nomes dos apóstolos e geralmente com alguma descrição infame como “aquele que O traiu” (Marcos 3:19; Mateus 10:4) “que veio a ser o traidor” (Lucas 6:16). Judas Iscariotes exercia a função de tesoureiro no grupo apostólico (João 13:29). Por lidar com dinheiro, em outro texto, Judas é denominado de “ladrão”, o que se supõe que ele apropriava-se do dinheiro arrecadado que lhe era confiado (João 12:6). Com o objetivo de aumentar o fundo apostólico e de abastecer o próprio bolso, Judas Iscariotes critica a ação de Maria quando esta ungiu os pés de Jesus com um precioso e caro unguento (João 12:3-6), dando a desculpa de que o dinheiro poderia ser usado para ajudar os pobres.
A ambição de Judas o levou ao engano ao atender os principais sacerdotes para trair Jesus (Mateus 26:14-16; Marcos 14:10-11; Lucas 22:3-6), fazendo um acordo com eles para indicar-lhes Jesus em troca de trinta moedas de prata. Levou a cabo seu intento quando, oportunamente, conduziu os sacerdotes e um grupo de soldados até o Getsemani onde se encontrava o Senhor Jesus e os outros apóstolos. Por ironia o sinal para a identificação e prisão de Jesus seria o beijo que o traidor daria em sua vítima (Mateus 26:48-49).
Vendo que Jesus fora condenado, abateu-se pelo remorso e tratou de devolver as moedas que havia recebido dos sacerdotes, os quais se negaram de aceitá-las e disseram-lhe que isso era problema seu e não lhes importava (Mateus 27:3-4). “E tendo ele atirado para dentro do santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se” (Mateus 27:5).
Em Mateus 27:5, relata o enforcamento de Judas Iscariotes que remoído pelo remorso suicidou-se. Mas em Atos 1:18, temos o relato de Pedro em que consta que Judas caiu de um precípicio arrebentando-se nas pedras e todas as suas entranhas foram expostas. Provavelmente isso se deu quando ao tentar enforcar-se a corda tenha se rompido e em consequência caiu no precípicio, vindo a morrer devido a queda. Judas morreu em sua própria porção de terra, provavelmente adquirida pelos sacerdotes em nome de Judas com as trinta moedas de prata, porque o dinheiro era legalmente dele e pôr ser maldito não podia ficar no tesouro do templo e então foi usado para comprar um lote de terreno conhecido como o “campo de sangue”.
O delator foi comprado para trair seu Mestre, mas Jesus não era inimigo de Judas, pois o próprio Senhor o chamou de amigo (Mateus 26: 50), o que atingiu a consciência de Judas. O apóstolo Pedro recorda que a traição de Judas não foi uma tragédia imprevista, mas parte dos designos de Deus predito no Antigo Testamento (Atos 1:18-20).
Embora Judas Iscariotes seja conhecido como o apóstolo que traiu o Senhor, pode-se dizer que ele cumpriu fielmente a sua missão e o próprio Jesus já sabia de tudo o que havia de acontecer e tinha advertido a Judas que se apressasse em seu intento (Mateus 26:20-25). Dessa maneira estava sendo cumprido a vontade do Pai..
O Senhor Jesus ao chamar Judas Iscariotes ao apostolado o considerou seguidor e discípulo, entretanto, Judas converteu-se no traidor. Na realidade Judas Iscariotes nunca chegou a ser um verdadeiro seguidor de Cristo. Caiu do apostolado, mas nunca teve uma relação genuína com o Senhor Jesus. De modo que foi o “filho da perdição” e nunca foi salvo. O título máximo que deu a Jesus foi de “Mestre”, mas nunca “Senhor”. Judas foi um apóstata.
Os companheiros de Jesus O Precursor
João, o Batista, foi quem iniciou pregações antes do Messias Prometido para preparar-lhe o caminho, de acordo com as profecias antigas, e conforme o próprio Jesus.
Primo de Jesus, nascendo seis meses antes, filho na velhice de Zacarias e Isabel. Tornou-se profeta na Judéia, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestres e vestindo-se de peles.
Pregava no deserto a eminente vinda do Messias prometido e incitava o povo ao arrependimento dos erros e à conversão para uma nova vida, que era iniciada por um ritual de mergulho nas águas do rio Jordão, que ficou conhecido como batismo pelas águas.
Foi com o batismo de João, e com o reconhecimento deste de que Jesus era o Messias Prometido, que o Mestre começou a sua vida pública de 3 anos até a sua crucificação.
João foi preso por Herodes Antipas, rei da Galiléia, a quem havia criticado por se casar de forma ilícita com a própria cunhada, Herodíades. O rei mandou decapitá-lo para agradar a enteada, filha de Herodíades, chamada Salomé.
Jesus, após a transfiguração, descendo do monte Tabor, fala sobre João Batista em Mateus, Cap. 17, versículos 10 a 13: "Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: O que querem dizer os doutores da Lei, quando falam que Elias deve vir antes do Messias?". Jesus respondeu: "Elias vem para colocar tudo em ordem. Mas eu vos digo: Elias já veio, e eles não o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram. E o Filho do Homem será maltratado por eles do mesmo modo. Então os discípulos compreenderam que Jesus falava de João Batista". Esta passagem, transcrita literalmente das escrituras sagradas, prova de um modo incontestável que João Batista era a reencarnação do profeta Elias, que tinha vivido 900 anos antes.


Os 12 Apóstolos



Diferença entre apóstolo e discípulo:
- Apóstolo: palavra derivada do grego que significa enviado. Jesus escolheu doze apóstolos e os enviou para diversos lugares para pregarem a chegada da "Boa Nova".
- Discípulo: palavra derivada do latim que significa aluno. Jesus tinha em uma época de sua vida 70 discípulos, além dos doze apóstolos para ajudá-lo.
Pedro
Irmão do Apóstolo André, era um pescador no mar da Galiléia, mais precisamente da cidade de Cafarnaun. Seu nome era Simão, mas recebeu de Jesus o sobrenome de Pedro ou Cefas, que significa pedra em grego e hebraico, respectivamente.
Junto com os irmãos Tiago e João Evangelista, fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze, participando dos mais importante milagres do Mestre sobre a terra.
Existe uma passagem peculiar nos Evangelhos, em que Pedro nega por três vezes que seria Apóstolo de Jesus. Quando, como Jesus predissera, o galo cantou depois da terceira negativa, Pedro verteu-se em lágrimas.
É tido como fundador da Igreja Cristã em Roma, considerado pela Igreja Católica como o primeiro Papa. Depois da morte de Jesus, despontou-se como líder dos doze Apóstolos, aparecendo em destaque em todas as narrativas evangélicas. Exerceu autoridade na recém-nascida comunidade Cristã, apoiou a iniciativa de Paulo de Tarso de incluir os não judeus na fé cristã, sem obrigá-los a participarem dos rituais de iniciação judaica.
Foi morto em Roma no ano de 64 D.C., na perseguição feita por Nero aos cristãos, crucificado de cabeça para baixo, conforme a sua vontade, pois não se achava digno de morrer como Jesus.
Seu túmulo se encontra sob a catedral de S. Pedro, no Vaticano, e é autenticado por muitos historiadores, sendo validado pelo Papa no ano de 1968.
André
Foi o primeiro dos doze a ser chamado por Jesus. Era irmão de Pedro e também pescador. Antes de seguir o Mestre, era discípulo de João Batista, que o mandou junto com um outro não identificado (talvez João Evangelista), para segui-lo.
As tradições indicam que ele tenha ido a lugares distantes para pregar o Evangelho, e que tenha morrido em uma cruz em forma de X na Grécia, de onde o seu corpo foi levado para Constantinopla, tornando-se padroeiro desta cidade.
João Evangelista
Filho de Zebedeu e irmão de Tiago, o Maior, que junto com este e mais Pedro participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus.
Autor do quarto evangelho, de três cartas aos cristãos em geral e do Livro do Apocalipse. O seu evangelho difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes, sendo que a narrativa de João enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus.
É considerado "o discípulo amado". Era muito jovem na época da vida do Mestre, e na crucificação foi designado por Jesus a tomar conta de Maria, demonstrando aí o quanto este confiava em João.
João viveu o resto de sua vida em Éfeso, juntamente com Maria, onde teria escrito o Evangelho e as cartas. Durante o governo de Domiciano, foi exilado na ilha de Patmos, onde escreveu o Apocalipse.
Morreu em Éfeso, em idade muito avançada, tomando conta da igreja que estava nesta cidade.
Tiago, o Maior
Pescador, irmão de João, o Evangelista, filho de Zebedeu, fazia parte do círculo mais íntimo de Jesus. Após a morte deste, permaneceu em Jerusalém, junto a Pedro, sendo executado em 43 D.C., por ordem do rei Herodes Agripa, logo depois da morte de Estêvão, diácono grego e exaltado pregador cristão.
Tiago, o Menor
Filho de Alfeu, conhecido também como Zebeu, tornou-se um membro altamente respeitado da recém-nascida comunidade cristã em Jerusalém. Foi um observador da normas judaicas, defendendo que estas normas deveriam fazer parte do Cristianismo. Com isso, tornou-se adversário de Paulo de Tarso nesta questão, mas também foi conciliador e um pregador fervoroso do ensino de Jesus.
Foi atacado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por ordem do sumo sacerdote Ananias.
Mateus
Também chamado de Levi, filho de Alfeu. Era publicano, ou cobrador de impostos, classe muito odiada na época de Jesus, por cobrarem impostos dos judeus para serem entregues às autoridade romanas. Escreveu o primeiro evangelho, onde dá mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus. Pregou no norte da África depois da morte do Mestre, prosseguindo até a Etiópia, onde foi morto.
Felipe
Aparece rapidamente nos Evangelhos, não nos deixando muitas informações sobre ele. Diz-se que evangelizou na Ituréia, reunindo-se a André, no mar Negro, sendo morto na Frígia, para onde seguira.
Tomé
Também chamado Dídimo ou Gêmeo, era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro. Ficou famoso pelo fato de ter duvidado que Jesus tinha ressuscitado, e disse que só vendo acreditaria. Então, Jesus apareceu para ele e respondeu que muitos não iriam ver e acreditariam. Depois da crucificação, passou a pregar na Pérsia e na Índia, mas seus restos mortais são venerados na Síria.
Judas Iscariotes
Judas de Kerioth, localidade da Judéia. Dizem as tradições que este apóstolo era designado para cuidar do dinheiro comum, por ser um dos poucos instruídos.
Foi enganado pelos sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de prata, prometendo que só o prenderiam durante as festividades da Páscoa Judaica.
Depois que viu a crucificação de Jesus, Judas, amargamente arrependido, jogou as 30 moedas aos pés dos sacerdotes, indo se enforcar. Estes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue.
Judas Tadeu
Também chamado Lebeu Tadeu, é um dos doze citados nominalmente por Mateus e Marcos. Contam as tradições que trabalhou na Mesopotâmia e na Pérsia.
Bartolomeu
Também chamado de Natanael no Evangelho de João, evangelizou na Armênia, junto ao Mar Negro, onde, segundo uma lenda posterior, foi esfolado vivo, vindo a morrer.
Simão, o zelote
Era chamado assim porque pertencia a uma seita chamada de "Os Zelotes, ou zeladores", que lutava para a libertação de Israel dos Romanos. Seita ultra-nacionalista e não religiosa. Simão permaneceu na Palestina pregando o Evangelho.

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